Um olhar de esperança
Como se fosse um último suspiro pela vida
Busquei um brilho, não achei
Mas existiu ali um dia
Nascemos todos com brilho nos olhos
Quem é que o apaga?
E quem permite isso?
O brilho se foi
Mas o olhar de esperança ficou
O socorro agora é responsabilidade de todos nós
Não podemos abandoná-las
É uma alma que grita por resgate
Mas nós já não percebemos mais essas pessoas
Já não ouvimos mais seus gritos
Elas se tornaram invisíveis a nós
Vivem em lugar nenhum
E em nenhum lugar
Assim como nas estórias de ficção
O nosso mundo e o mundo dos invisíveis
Cidadãos como nós mas que pertencem a um mundo paralelo
Um mundo que muitos não conhecem
E outros preferem fingir que não existe
Fotos: Milton Ostetto